A cerimónia decorreu no cemitério do Alto de São João, em Lisboa, junto à Cripta dos Combatentes, onde estão depositados os restos mortais dos cerca de 7.500 combatentes portugueses mortos em combate desde a I Guerra Mundial e foi presidida por Sua Excelência o Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.

A convite do Chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa e do Presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, a Associação de Especialistas da Força Aérea esteve representada pelo seu Presidente Nacional Adjunto, Artur Alves da Silva.

Para assinalar esta data foram colocados na urna, onde estão depositados os restos mortais do Major Óscar Monteiro Torres, uma Barretina do Colégio Militar e um Brevet Militar de Piloto-Aviador.

Depois da cerimónia, que incluiu o sobrevoo por quatro aeronaves F-16, Marcelo Rebelo de Sousa desceu à cripta e descerrou uma placa de homenagem dos aviadores militares portugueses a Óscar Monteiro Torres, evocativa do centenário da sua morte.

Óscar Monteiro Torres nasceu em Luanda em 1889, frequentou o curso secundário no Colégio Militar e efetuou a sua formação como piloto em Inglaterra.

Defensor da participação de Portugal na I Guerra Mundial, foi um dos aviadores do Corpo Expedicionário Português enviados para França nesse período.

A 19 de novembro de 1917 foi considerado desaparecido após combate contra aeronaves alemãs, vindo a falecer no dia seguinte num hospital em França.

Promovido a major a título póstumo, os seus restos mortais viriam a ser trasladados para Portugal em 1930, encontrando-se desde então na Cripta dos Combatentes.

Óscar Monteiro Torres foi condecorado, a título póstumo, com o colar da Ordem da Torre e Espada e com a medalha da Cruz de Guerra da 1.ª Classe, por Portugal, e a Legião de Honra, pelo Estado francês.

Fontes: Força Aérea Portuguesa

24 de novembro de 2017

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