Vagueávamos pela Praça e subimos a casa do Jorge, ao entrar no seu quarto aquele panfleto a anunciar o recrutamento para a Força Aérea Portuguesa destacou-se de tudo o mais. Não foi possível deixar de o ler e o apelo foi irresistivel. Era aquilo, era tudo aquilo que fazia sentido, o vazio dos estudos no curso complementar dos liceus, a incerteza de qual o caminho a seguir, naquele momento tudo se tornou em certezas, as dúvidas dissiparam-se era tudo aquilo que fazia sentido...

Após completar os 17 anos e com a assinatura dos Pais para autorizar a candidatura, da Praça Dr. Eugénio Dias no Sobral de Monte Agraço até ao DGAFA no Paço do Lumiar, para todos os testes psicotécnicos, físicos e médicos e depois até aquela recta "infinita" que nos levava à parada da OTA, com aquele "chouriço" azul às costas cheio com a farda da aviação e de sonhos, foi um ápice.

Um ápice também os 38 anos que entretanto voaram e que agora recordo com alegria.

João Carlos Silva

MMA

2ª/79

26 de agosto de 2017

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